Hoje apetece-me mencionar a noite de 22 de Maio de 2010. Não que tenha acontecido algo de especial, mas apetece-me escrever sobre ela.
Nessa noite, jantei e voltei ao trabalho. Ultimamente tenho andado muito ocupada com a faculdade. Passei o dia de volta de uma monografia que exigia uma apresentação em PowerPoint até ao fim da tarde quando saí de casa para ir fotografar o Tiago R, sendo que só retomei o trabalho depois do jantar. Já era tarde, quando os meus pais decidiram que queriam ir a Sintra e claro que não recusei.
Adoro sair de casa à noite, apesar de não o fazer muitas vezes, pois estou quase sempre ocupada com alguma coisa. Mas a noite fascina-me. As suas cores, o seu cheiro, tudo o que a envolve...por mim viveria só de noite. Gosto do silêncio e das memórias que a noite me trás.
Nessa noite, estive na vila. Havia imensa gente na rua, como em todos os sábados à noite, no entanto tudo continuava calmo. Os meus pais decidiram ir tomar café e estive a contemplar a vista.
Nessa noite, pensei nele e em tudo o que me acontecido ultimamente. Eu estou sempre a pensar nele e em como me faz feliz com coisas simples, como é que mesmo depois de um dia mau, ele me consegue fazer sorrir sem fazer qualquer esforço e possivelmente sem saber que o faz. Eu não lhe digo, porque quando tento fazê-lo penso que seria demasiado lamechas.
Nessa noite, pensei em imensa gente. Há pessoas que me fazem muita falta e eu nunca serei capaz de lhes dizer, pessoas que significam tanto para mim e no entanto pensam que não sinto nada por elas. Pessoas que eu nunca esqueci e por isso procurei. Nada foi ao acaso, mas agora não consigo transmitir o quanto sempre foram importantes para mim. Soaria estranho ao fim de tantos anos...Muitas destas pessoas em quem pensei, provavelmente um dia sairão da minha vida sem saberem como gostei delas.
Perdida nos meus pensamentos nem reparei que um rapaz se aproximara de mim. Pediu desculpa por interromper e deu-me um panfleto de um novo bar que abriu em Sintra há umas semanas. O Bombar, aproveito e fica aqui a publicidade, espero que tenham sucesso. Sinceramente, não sou de bares, discotecas e esse tipo de coisas, mas acho que um dia hei-de ir a uma destas noites, pareceram-me bastante interessantes. Aliás, ele fez questão de dizer que já estamos em sintonia. A abordagem foi engraçada, apesar de ser desconfiada com estranhos.
Quando voltei aos meus pensamentos, desejei realmente poder partilhar aquela vista e aquela noite com as pessoas em quem pensei. Apetece-me ter aquelas longas conversas que se prolongam para lá de horas decentes, mas quem iria querer tê-las comigo podendo estar ali, ao vivo e a cores?
Depois veio a despedida e eu detesto despedidas. Teria ficado ali a noite toda a admirar a lua sob o Castelo dos Mouros e a luz intensa que banhava o Palácio da Vila.
Querias ter estado lá comigo?
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